Bom dia!
Hoje continuamos o tópico de ontem; e acrescentaremos a ligação entre a obesidade e a inflamação no Autismo.
Obesidade Infantil é um problema SÉRIO para a saúde das nossas crianças....é urgente travar a obesidade!!!
Esta, está associada ao desenvolvimento de outras doenças graves: hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e vários tipos de cancro. Mas é a 2ª causa de morte no mundo que pode ser prevenida! Por isso mãos à obra!!
Já conhecem A APCOI?
APCOI é a sigla da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, uma organização não governamental, sem fins lucrativos, fundada por uma comunidade de voluntários que se mobiliza em torno da responsabilidade de transmitir hábitos e estilos de vida mais saudáveis às crianças, especialmente daquelas com excesso de peso.
Vamos conhecer a realidade esta realidade:
"Uma criança obesa está em risco de vir a sofrer de sérios problemas de saúde durante a sua adolescência e na idade adulta. Tem maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, asma, doenças do fígado, apneia do sono e vários tipos de cancro. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a obesidade é a segunda principal causa de morte no mundo que se pode prevenir, a seguir ao tabaco."
Esta citação está no site da APCOI. É chocante mas é real.
Já para não dizer que as crianças obesas "estão mais sujeitas a ataques de bullying e outros tipos de discriminação. O que poderá provocar consequências directas na sua auto-estima e a quebra no seu rendimento escolar. Se não receberem apoio especializado poderão sofrer ainda de depressão ou outras doenças do foro psicológico quando atingirem a idade adulta. "
No site da APCOI encontramos dados que nos mostram uma realidade que está bem longe do ideal ...
Dados do Sistema Europeu de Vigilância Nutricional Infantil (COSI:2008) elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) indicam que: mais de 90% das crianças portuguesas consome fast-food, doces e bebe refrigerantes, pelo menos quatro vezes por semana. Menos de 1% das crianças bebe água todos os dias e só 2% ingere fruta fresca diariamente. Quase 60% das crianças vão para a escola de carro e apenas 40% participam em atividades extra-curriculares que envolvam atividade física.
As crianças estão desnutridas e sedentárias; esta é a realidade; segundo o site, "em Portugal, uma em cada três crianças tem este problema de saúde. Segundo o estudo 2013-2014 da APCOI que contou com 18.374 crianças (uma das maiores amostras neste tipo de investigação): 33,3% das crianças entre os 2 e os 12 anos têm excesso de peso, das quais 16,8% são obesas. De acordo com a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da europa com maior número de crianças afectadas por esta epidemia. "
Visitem esta plataforma e saibam mais: http://www.apcoi.pt/quem-somos/
Obesidade e Autismo- Como podem estar interligados?
Estudos e pesquisas desenvolvidos recentemente, nos EUA e no Brasil sugerem que existe ligação pré-natal que acentuam as causas de Autismo; e numa fase posterior , à propensão da obesidade infantil numa criança autista.
Vamos observar alguns artigos; para compreender melhor esta informação:
Pesquisa efetuada nos EUA pela Dr. Ananya Mandal
Artigo na íntegra ( Revisão de tradução Teresa Radamanto)
Há um grande interesse em compreender a relação entre a obesidade e o autismo nas crianças. Principalmente devido ao crescimento do número de crianças obesas durante as últimas duas décadas especialmente no Mundo Ocidental.
Presentemente, a predominância da obesidade entre crianças e os adolescentes entre idades 2 e 19 anos nos Estados Unidos são 16,3% e a predominância daquelas que apresentam excesso de peso é 31,9%.
A obesidade na Infância o risco de diversas desordens gostam do diabetes, da doença cardíaca, da apneia do sono, das irregularidades menstruais, dos problemas ortopédicos....
Porquê Estudar a relação entre obesidade e o autismo?
A associação entre a obesidade da infância e perturbações do desenvolvimento como o autismo deve ser estudada, porque permite-nos avaliar a conexão entre a patofisiologia subjacente; e perante uma ligação positiva planear maneiras de impedir as circunstâncias.
Pesquisa: obesidade no autismo- existe relação?
Estudos efetuados em faculdades americanas publicaram os seus resultados obtidos em 2010, provando a associação entre estas duas circunstâncias. Observaram 85.272 crianças entre as idades 3 e 17 e avaliaram-na; al seguns foram diagnosticados com autismo e classificados igualmente como obesos de acordo com directrizes do CDC para o índice de massa corporal (BMI) para a idade e o sexo.
Os resultados mostraram que a predominância da obesidade nas crianças com autismo era 30,4% comparados a 23,6% das crianças sem o autismo.
Os autores concluíram que as crianças com autismo têm uma predominância alta para a obesidade ; como tal, precisamos centrar-nos sobre a propensão das crianças autistas para que não desenvolvem a obesidade.
Autismo e hábitos alimentares:
As Crianças com autismo podem ter os hábitos pouco comuns; hábitos que são frequentemente descritos como "selectivos ou Hiper selectivos". Estudos mostram que as crianças autistas preferem alimentos gordos e calóricos. É possível que testes aplicados por nutriconistas especialistas em Nutrição no autismo, observem padrões inflamatórios que contribuam para a revelação da obesidade nesta população .
Autismo e obesidade na gravidez
Também à relatos de estudos efetuados nos EUA que mostram que é mais provável ocorrer nas crianças cujas as mães fossem obesas enquanto grávidas. Um estudo feito aproximadamente a 1.000 crianças da Califórnia, idades 2 a 5 anos, provaram que as mães obesas , tiveram filhos com autismo assim como outras perturbações do desenvolvimento.
Além das grávidas com diabetes, que têm quase 1/3 da possibilidade de ter uma criança com atrasos, comparativamente com as mães saudáveis.
Assim quando uma mãe saudável tem a possibilidade de 1 em 88 de ter uma criança com autismo, uma mãe obesa tem a possibilidade de 1 em 53 de ter uma criança com autismo.
Fonte: https://www.news-medical.net/health/Obesity-and-Autism-(Portuguese).aspx
As cuasas exatas do autismo não são totalmente conhecidas; mas de facto esta ligação que nos encaminha para o "antes"; para o pré-natal, enquanto o feto está no nosso corpo; têm muita razão de ser.
Atentemos agora num outro artigo do Instituto Brasileiro Nanocell ; muito pertinente:
OBESIDADE DA MÃE DURANTE A GRAVIDEZ, OU DO PAI, ANTES DA GRAVIDEZ, PODE AUMENTAR AS CHANCES DE TER FILHO COM AUTISMO
Edição Vol. 2, N. 11, 28 de Abril de 2015
DOI: http://dx.doi.org/10.15729/nanocellnews.2015.04.27.002
" Pesquisa sugere que obesidade durante a gravidez pode aumentar as chances de ter um filho com autismo.
O problema não é o autismo em si, mas o que fazemos durante a gravidez, ou mesmo antes dela, é que pode proporcionar que nossos filhos venham a ter problemas futuros que poderiam simplesmente ter sido evitados por nossa causa (.... )
"A causa exata do autismo não é conhecida, mas a pesquisa do CDC chamou a atenção para possíveis fatores, incluindo genética, certos tipos de infecções e problemas ocorridos no nascimento. Já se constatou que muitas crianças autistas são geneticamente deficientes na produção de glutationa, um antioxidante gerado no cérebro que ajuda a eliminar o mercúrio do corpo. E que fatores ambientais também podem desempenhar um papel. Outros estudos encontraram anomalias em várias regiões do cérebro, sugerindo que o autismo resultaria de uma interrupção precoce do desenvolvimento cerebral, ainda no útero. E é exatamente este o ponto em que destacamos essa outra pesquisa. Se o feto ainda está no útero, então os responsáveis pelo autismo em nossas crianças possamos ser nós mesmos! Veja bem, esta é uma associação, mas não necessariamente precisamos passar por isso para descobrir… Então, é melhor cuidar de sua saúde, antes que seu filho pague o preço.
O ESTUDO realizado em 2015:
Este é um dos primeiros estudos que associam os dois, obesidade e autismo, e apesar de não provar que a obesidade causa o autismo, os autores dizem que seus resultados levantam preocupações de saúde pública por causa do alto nível de obesidade no país.
As mulheres do estudo, que eram obesas durante a gravidez, eram cerca de 67% mais propensas do que as mulheres de peso normal em ter filhos autistas. Elas também encararam o dobro do risco de ter filhos com outros atrasos no desenvolvimento .
Em média, as mulheres com peso normal tiveram um risco de 1 em 88 chances de ter um filho com autismo; os resultados sugerem que a obesidade durante a gravidez aumentaria o risco de 1 em 53 chances .
Uma vez que mais de um terço das mulheres americanas em idade de ter filhos estão obesas, os resultados são potencialmente preocupantes e somam mais um incentivo em se manter um peso normal.
Pesquisas anteriores e recentes ligam ainda mais a obesidade durante a gravidez com natimortos, partos prematuros e alguns defeitos de nascimento.
O estudo, coordenado pelo professor Dr. Daniel Coury, chefe da pediatria de desenvolvimento e comportamentais no Hospital Infantil Nationwide, em Columbus, Ohio, nos EUA, disse que os resultados levantam muita preocupação.
Ele observou que as taxas de autismo dos EUA aumentaram junto com as taxas de obesidade e disse que a pesquisa sugere que pode ser mais do que uma coincidência.
Nota : VER outro ARTIGO SOBRE OBESIDADE E AUTISMO AQUI: http://www.nanocell.org.br/autismo-e-obesidade-estao-ligados-a-genetica-mutacoes-raras-no-cromossomo-16-esta-ligada-ao-autismo-e-a-obesidade/
Fonte:http://www.nanocell.org.br
O que acharam? Pertinente, não é?
São informações valiosas!! E até desconcertantes!
Conhecimento é igual a poder; igual a qualidade de vida ; a funcionalidade e controlo do futuro!
Estar na vanguarda deste conhecimento é sinónimo de uma vida melhor para os nossos filhos.
Então;o que temos de ter em conta relativamente à temática de hoje:
As causas da PEA ainda não estão totalmente elucidadas, todavia acredita-se que sua origem esteja em anormalidades em alguma parte do cérebro e, provavelmente, de origem genética.
Além das características próprias nos portadores desta condição, principalmente no desenvolvimento cognitivo, ainda há a ocorrência de desordens gastrintestinais, como diminuição da produção de enzimas digestivas, inflamação e alteração da permeabilidade da parede intestinal, fatores de risco para o agravamento dos sintomas da doença.
Então a ligação que pretendemos encontrar, que o tópico de hoje nos propõe, está precisamente aqui:
Sabe-se que alterações no trato gastrointestinal, associadas à deficiência de protases conduzem ao aumento da concentração de peptídeos opioides circulantes. Esses compostos, por terem ação semelhante a do peptídeo opioide endógeno β-endorfina, atuam sobre o sistema nervoso central, induzindo ao agravamento da síndrome.
O glúten e seus peptídeos derivados podem estimular a produção de linfócitos T-helper, citocinas inflamatórias e desencadear respostas inflamatórias, reações autoimunes e rompimento da comunicação neuroimune. Uma dieta isenta de alimentos que contenham glúten ou caseína tem sido associada com melhora no quadro sintomático da síndrome.
O que significa isto , então?
Significa que os autistas podem ser mais propensos ao excesso de peso e à obesidade; sem esquecer a inatividade física devido às suas limitações e dificuldade de convívio social.
Além disso, as alterações de comportamento têm sido relacionadas com distúrbio de sono e uso de alimentos não saudáveis como recompensa ou agrado. Ressalta-se o agravamento dessa condição no que diz respeito à obesidade, o que pode afetar de maneira relevante a qualidade de vida do indivíduo.
O que fazer? Há tratamento?
O tratamento convencional baseia-se na combinação de três pilares: terapia comportamental,suplementação e adaptação adequada da dieta ( Plano alimentar adequado ao perfil de cada um= Tratamento Biomédico no Autismo; o que estamos a implementar com o nosso filho) de modo a que possa contribuir para o alivio da gravidade dos sintomas, que inclui os sintomas psicológicos, comportamentais e gastrointestinais.
A atividade física e os cuidados nutricionais são elementos de grande valia para a prevenção da obesidade, bem como maior independência funcional, participação social e qualidade de vida do autista.
Fonte: http://www.aonutricionista.com.br
Vamos estar atentos!!
Cuidem-se para que possam cuidar!!
Até ao próximo post.
Abraços