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Vamos lá falar de Nutrição: Alimentação nas escolas e Obesidade Infantil - Obesidade e "inflama

Bom dia!!

Hoje é dia de Nutrição; tal como prometido cá estamos para falar de um tópico que não é de todo simples!! A obesidade infantil pode ser encarada como um flagelo social da nova "era". Estamos perante "uma epidemia" moderna ; e tudo o que lhe está associado é assustador. Vislumbrar a hipótese de estarmos perante a "geração" que poderá ter uma esperança de vida menor que antecessora é dantesco!

O pior é a inércia duma sociedade "adormecida" em torna desta questão...

Juízos de valor à parte; que não é para isso que cá estamos; vamos diretos à questão: Comecemos então pelo "início"!

Alimentação nas escolas:

No início deste anos lectivo observámos a Ordem dos Nutricionistas do nosso país a insurgir-se contra o Governo nesta matéria; denunciando o incumprimento das normas instituídas.

No artigo do Observador , do dia 14 de setembro, ou seja , no arranque do ano letivo, observamos a postura de indignação não só de Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas , mas também do deputado André Silva do PAN; perante os incumprimentos, como excesso de sal e falta de supervisionamento.

Segundo o artigo; "De acordo com os dados recolhidos pelas duas estruturas, 25% das crianças e 32,3% dos adolescentes têm excesso de peso ou obesidade. A falta de qualidade da alimentação servida nas escolas é uma das principais queixas dos encarregados de educação.

Em declarações à agência Lusa, Alexandra Bento afirmou que existem vários estudos da comunidade académica que revelam a falta de cumprimento das normas relativas à alimentação nas escolas. Um dos principais problemas continua a ser o excesso de sal e a falta de supervisionamento: “Ninguém vê o que as crianças comem, se comem os vegetais, a sopa”."

E acrescenta;

"A bastonária reafirmou também que a qualidade da alimentação vegetariana introduzida nas escolas deve ser salvaguardada por um nutricionista, o que não acontece porque estes profissionais não estão presentes nas escolas. Alexandra Bento defendeu que deveria fazer-se em relação à alimentação o mesmo que foi feito para a educação ambiental, em que foram as crianças “a levar as boas práticas da escola para casa”. "

Levar as boas práticas para casa seria o ideal; esta forma de psicologia invertida junto dos pais, funciona!! Nós sabemos que muitas vezes não somos tão determinados quanto deveríamos , se tivermos os nossos filhos como força motriz e motivacional, seremos capazes de tudo!Não concordam?!

Ainda no mesmo artigo observamos a posição do deputado líder do PAN:

"O partido anunciou, em comunicado, que está a negociar com o governo o reforço dos nutricionistas no Serviço Nacional de Saúde, no âmbito do Orçamento do Estado para 2018 (...)

Lê-se no comunicado, e citamos:

"É importante que as escolas sejam lugares promotores de alimentação saudável, assegurando o Direito Humano a uma Alimentação e Nutrição Adequadas”, contribuindo assim para “a promoção da saúde da população”;

Ainda no artigo:

"No documento são citados dados do Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física 2015 — 2016, segundo os quais 69% das crianças e 66% dos adolescentes não consomem as quantidades de fruta e hortícolas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde."

Por fim:

As ementas escolares, à semelhança de outros refeitórios públicos, passaram este ano a ter a obrigatoriedade de oferecer pelo menos uma opção vegetariana. O PAN e a Ordem estão igualmente preocupados com os produtos disponíveis nas máquinas de venda automática.

Fonte:http://observador.pt/2017/09/14/pan-e-ordem-dos-nutricionistas-denunciam-incumprimentos-na-alimentacao-escolar/

É preocupante, não é!? Claro que sim, todas as crianças têm direito a uma alimentação saudável, particularmente as que necessitam de planos alimentares ajustados às suas condições de saúde.

No nosso caso particular, ainda não fomos confrontados com problemáticas de maior , porque ainda estamos na Pré-Escola; numa instituição fantástica que segue à risca o plano alimentar implementado pela nutricionista funcional para o Autismo. No entanto o "futuro" está sempre à espreita... e é necessário prepará-lo!!

A questão é a seguinte; não devemos encarar o "cuidado com a alimentação" como apanágio de quem tem alguma condição...Isto é totalmente errado! E todos sabemos...

Devemos sim, todos nós, seguir um estilo de vida em que a Alimentação Saudável- funcional e sustentável- é uma forma de estar permanente.

A Associação Portuguesa de Nutrição assim o defende; particularmente em contexto escolar,para que os filhos levem os bons hábitos e partilhem com os pais, desta forma vão modelando os seus comportamentos como futuros adultos!

Ora atentem no trecho do artigo da agência Lusa ,retirado do site saudeonline.pt .

"As crianças cada vez não sabem de onde vem o alimento até chegar ao prato. Não há noção do impacto ambiental [consumo de água na produção ou de combustível no transporte, etc.] que o alimento tem no dia-a-dia. E essa mensagem pode ser passada facilmente às crianças e com isso conseguimos modelar os comportamentos dos futuros adultos que teremos”, apontou Helena Real à agência Lusa.

Esta ideia integra o conjunto de recomendações que a APN – que sucede à Associação Portuguesa dos Nutricionistas e que foi apresentada em julho no Porto, passando a deter uma função técnico-científica – apresentou, na fase de consulta pública, ao Governo no âmbito da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável, um documento interministerial que apresenta metas para o período 2017/2020.

Helena Real referiu que a APN ficou “agradada” com o lançamento desta estratégia, até porque “não havia histórico na área da alimentação e nutrição”, mas para que “a estratégia seja consolidada, bem pensada e existam resultados”, esta associação recomenda o “reforço das mensagens associadas à sustentabilidade alimentar”.

“Há aspetos elencados de forma transversal mas devem ser reforçados. Uma alimentação sustentável é uma alimentação saudável e uma alimentação saudável poderá não ser uma alimentação sustentável. A nossa proposta é inserir no eixo de desenvolvimento da literacia e de autonomia da população, a mensagem da sustentabilidade alimentar”, referiu a secretária geral da APN.

A associação defende uma intervenção precoce junto da sociedade, ou seja através das crianças, sugerindo a criação de uma disciplina extracurricular no 1.º ciclo de ensino (com enfoque no 3.º e 4.º anos de escolaridade), podendo juntar várias áreas como a saúde, o ambiente, a economia e a agricultura e interligar várias disciplinas como as ciências, a matemática e a geografia.

Como exemplo da pertinência de uma intervenção precoce, a APN lembra que o tema da reciclagem também foi tratado junto deste grupo etário, e sugere que a história do alimento seja contada aos mais novos, somando-se a promoção de visitas de estudo a quintas pedagógicas, entre outros locais.

“É importante que todas estas medidas sejam implementadas por equipas multidisciplinares. É importante haver investimento nos recursos humanos. A estratégia [Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável] é interessante porque é ambiciosa mas há objetivos muito claros a atingir até 2020 e às vezes para haver poupança de recursos é importante que haja investimento em recursos”, referiu Helena Real.

Partindo das definições da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), uma alimentação sustentável é uma alimentação mais amiga do ambiente, saudável, acessível à população, ou seja dando acesso facilitado aos alimentos locais e nacionais, e economicamente justa.

Ainda no âmbito deste tema, a APN criou recentemente o “Ebook Sustentabilidade Alimentar”, uma espécie de livro digital que está disponível gratuitamente em www.apn.org.pt.

Além de conceitos, esta ferramenta dedica um capítulo a refeições sustentáveis, sendo o objetivo “despertar a população e incentivá-la a fazer escolhas mais informadas”.

O ‘ebook’ é dedicado à população em geral e a profissionais de saúde, tendo a secretária-geral da APN exemplificado à Lusa o porquê da associação também apostar na sensibilização dos próprios agentes da área: “Hoje em dia já não é suficiente que um nutricionista diga que é importante consumir fruta, é importante que diga que é necessário consumir fruta de preferência fresca, local e sazonal”, exemplificou.

Fonte: https://saudeonline.pt/2017/08/18/associacao-portuguesa-de-nutricao-quer-alimentacao-sustentavel-discutida-nas-escolas/

Dá que pensar, não é?!!

Amanhã retornamos a este tema para discutirmos a Obesidade Infantil e como esta está interligada ao perfil , apresentando uma ligação direta com a inflamação, quer seja por stresse oxidativo ou disbiose , sendo em muitos casos a responsável pela obesidade e não apenas a desnutrição associada a um plano alimentar desajustado.

Até lá

CUIDEM-SE PARA QUE POSSAM CUIDAR!!

Links úteis:

http://www.apn.org.pt/ebooks.php

http://www.pan.com.pt/quem-somos.html

http://www.apn.org.pt/ver.php?cod=0B0A

http://www.dge.mec.pt/refeitorios-escolares

http://www.ordemdosnutricionistas.pt/

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