O que nos Motiva?
Em Psicologia da Educação, a maioria das teorias que explicam MOTIVAÇÃO, observam-na através de uma ótica que a define enquanto processo que tenta explicar fatores de ativação, direção e manutenção de conduta dos indivíduos ; isto é, de ativação, direção e manutenção de determinados comportamentos, que temos, face a um objetivo desejado. Seja qual for a perspetiva, devemos sempre ter em conta que motivação se divide em dois tipos: a motivação intrínseca e a extrínseca. Na primeira temos o controlo da conduta sob influência do meio externo , ou seja, do que é exterior ao nosso corpo físico e emocional. Na 2ª o controlo depende unicamente de nós enquanto sujeitos no controlo de interesses e disposições internas.
Na prática , para entendermos o mecanismo teremos de associar o conceito de meta ao conceito de motivação. A interligação entre ambos é irrefutável. A motivação extrínseca traz-nos as metas externas , as que são delimitadas através dos que “produzem em nós condutas”, ou seja, dos que produzem todos os comportamentos que temos, e que estão à “superfície” da essência do nosso “eu verdadeiro”. Estes comportamentos são os que realizamos com a finalidade de receber “recompensas” ou “evitar punições externas” de alguma ordem. São os que se focam na “imagem que os outros têm do “eu” , e não do “eu verdadeiro”. A motivação intrínseca associa-se às metas internas. Estas representam todas as condutas que são por si satisfatórias para o nosso “eu verdadeiro” por se alinharem com a essência do real sem enfoque no que é externo.
Em contexto educativo, uma representação da motivação extrínseca , seria, por exemplo, o aluno que só se impulsiona com o estudo pelo prisma da competição : notas positivas altas, sempre melhores e superiores ao próximo; por oposição, um exemplo de motivação intrínseca seria o aluno cuja motivação para o estudo se prende com o objetivo de desenvolvimento de competências – ou seja, a autorrealização . Se falarmos de saúde física, mental e emocional podemos citar o exemplo de alguém que deseje perder peso apenas por questões estéticas associadas a padrões sociais.
Em que tipo de motivação colocariam este desejo? Extrínseca, claro. Atenção, não se trata de julgar se é certo ou errado. Não é essa a função desta reflexão. A função é despertar consciências. Ajudar a encontrar o propósito. Então, neste caso, qual seria o exemplo de motivação intrínseca? Alguém cujo o desejo fosse motivado pela compreensão de que a mudança deveria recair primeiramente no “querer um estilo de vida saudável que trouxesse bem estar e qualidade de vida”; ou seja, desejar mudar de vida de forma integral , equilibrando o lado físico , mental e emocional fomentando melhoria generalizada e consequentemente , experimentar uma redução de peso. Estão a perceber a ideia, certo?
A verdade é que a motivação é algo profundamente pessoal. O que aciona em nós este “gatilho” representa um universo de possibilidades. A única coisa que podemos ter como certo é que , o que quer que motivação “seja” , passará sempre por “fazer acontecer algo”. Implica uma ação; a saída de um estado de inércia. Implica traçar metas , ser resistente e alcançar objetivos.
Assim, voltando atrás… será importante referir, que a perspetiva que mais importa é a interna, certo?
A que advém do auto conhecimento HONESTO do nosso “eu verdadeiro”.
Depois temos de criar contextos equilibrados para nós e em nós . No nosso corpo e na nossa alimentação; na nossa vida familiar; na vida social/lazer e na vida profissional . A chave é o equilíbrio. E isso leva-nos a outra questão.
“ O que é o equilíbrio para mim”?
A resposta a esta e a outras questões, traremos no próximo post!
Até lá…
Fica a sugestão:
“ O que vos motiva? Qual é o vosso propósito?”
Boas reflexões!
Cuidem-se para que possam cuidar.
Abraços
Fontes: Psicologia da Educação Uab. / Academia Health Coaching by Yoga Lounge