Olá a todos!!
Começamos Novembro com "movimento"!!
E é isso que se quer... A temática de hoje é de EXTREMA importância e não deve deixar ninguém, indiferente.... caso contrário, o que andamos nós a fazer neste mundo, pergunto??
Hoje falamos da diferença neurológica e de como esta não tem de ser "vista" como algo que está "errado".
Convido-vos a ler uma traduçao livre que fiz de uma artigo fantástico da "Now THis- Opinions" .
As diferenças neurológicas como Autismo ou o Transtorno do Défice de Atenção com Hiperatividade ( TDAH) são consideradas desordens e inabilidades disfuncionais, no seio daquilo que se designa como o padrão de saúde mental.
A sociedade dá muito poucas oportunidades às pessoas com estruturas neurológicas diferentes para descobrirem o seu potencial e dessa forma serem de aceites como são; não existir um lugar na sociedade que valorize as diferenças em vez de querer corrigi-las.
Quando muitos de nós pensamos em diversidade, vem-nos à ideia coisas como “orientação sexual; raça ou etnia … esquecemo-nos que existe uma outra “diversidade” a NEUROLÓGICA.
Este conceito ( nem sempre reconhecido ) afirma que as diferenças neurológicas devem ser reconhecidas como válidas e portanto ,respeitadas.
A sociedade contemporânea necessita que se inicie um novo “movimento” social :“Movimento pela Neurodiversidade”
A Neurodiversidade é parte da nossa genética e da nossa evolução como espécie.
Os genes do autismo e da TDAH não são erros ;segundo os investigadores estes são o resultado das variações sofridas pelo genoma humano ao longo da evolução que trouxe vantagens aos primórdios às civilizações primitivas e continuará a trazer Às sociedades modernas.
Um dos genes associados À TDAH , o DRD4 é conhecido como gene da “Descoberta”. Está no nosso ADN à cerca de 10.000 de anos e foi responsável pela evolução do Homem , não apenas como espécie, mas como civilização.
Os genes associados ao autismo também remontam a 10.000 de anos e as pesquisas sugerem que as variantes genéticas interligadas ao autismo podem ter sido uma “seleção positiva do processo de evolução porque contribuem para o desenvolvimento de competências incríveis como a excecional capacidade de memorização, a elevada perceção ocular, olfativa e gustativa; o precioso domínio sobre o detalhe das coisas e a capacidade de compreender sistemas intrincados.
Os cientistas sustentam que estas caraterísticas ainda estão reminiscentes na genética atual porque ainda poderão representar uma vantagem evolutiva; ou seja, uma evolução de espécie no futuro.
Vários psicólogos( americanos principalmente)já defendem uma postura de abordagem terapêutica diferente e aconselham os pais a refletir sobre a escolha correta:
Colocam duas hipóteses aos pais: “escolher mudar a criança para se “encaixar” no ambiente em que se insere ou “adaptar o ambiente” tornando-o apto à criança”.
Existem variados “microhabitats” e subculturas no nosso mundo; reconhecer mais “um” pode significar, para uma pessoa com TDAH ou Autismo o “encontrar de um sucesso que parece inalcançável”. Descobrir “esse lugar” em que tudo se encaixa sem ter alterar características pode revelar ao mundo caraterísticas brilhantes- mais valias- e por outro lado, poderá minimizar os desafios .
Ter qualquer uma destas condições (ou outras neste campo) não é de todo fácil, e a postura revelada neste artigo não pretende camuflar todo o sofrimento inerente a estas condições de saúde neurológicas. Porém, é tempo do mundo ver a “beleza colateral” e o valor que estas “diferenças neurológicas” podem acrescentar.
A Neurodiversidade poderá ser tão crucial para a Raça Humana como a Biodiversidade é para o planeta.
Este movimento fundamenta-se em bases de tolerância e aceitação; defende que as crianças com ligações neurais diferentes sejam encorajadas a encontrar o “seu lugar” e a potenciar a sua diferença, ao invés de tentarem ser o que não são; celebra a diferença valorizando-a porque acredita que esta pode ter muito a acrescentar à condição humana.
Diversidade , em toda a sua dimensão, faz do mundo um lugar melhor , mais completo.
Quem pensa de outro modo ainda não entendeu que também faz parte desta diferença ….
Fonte: “ Now This – Opinions”
Até breve