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ABA- Análise comportamental aplicada

O Modelo ABA - Análise Comportamental Aplicada - consiste na a aplicação de métodos de análise comportamental e de dados de científicos com o objectivo de modificar comportamentos. O autismo é um das várias áreas nas quais a análise comportamental tem sido aplicada com sucesso.

As teorias subjacentes a este campo são da autoria de B. F. Skinner, tendo os primeiros estudos no autismo surgido no início da década de 60 com vários investigadores entre os quais se salientam Charles Ferster, Ivar Lovaas, Montrose Wolf and Todd Risley.

Desde esta altura, centenas de investigadores têm documentado a eficácia dos princípios e métodos ABA na construção e desenvolvimento de um grande leque de competências importantes e na redução de problemas comportamentais em indivíduos com autismo e outras doenças, em todas as idades.

Não é uma cura mas, segundo a evidência científica actual, é a terapia com melhores resultados.

A evolução de cada pessoa através de um programa ABA depende de vários factores, nomeadamente das capacidades e competências do sujeito, das suas necessidade e da forma como o modelo é implementado.

Os nossos programas ABA combinam vários métodos cientificamente validados que são adaptados individualmente. Recorre-se à observação e à avaliação, em termos de frequência, intensidade e duração, do comportamento do indivíduo no sentido de potenciar a sua aprendizagem e promover o seu desenvolvimento e autonomia.

A terapia ABA envolve o ensino da linguagem, o desenvolvimento cognitivo e social e competências de auto-ajuda em vários meios, dividindo estas competências em pequenas partes ou tarefas que são ensinadas de forma estruturada e hierarquizada. É dada muita importância à recompensa ou reforço de comportamentos desejados ou adequados, ignorando ou minimizando e redireccionando ou desencorajando comportamentos inadequados.

Quando se deve implementar um programa ABA

Este tipo de intervenção deve iniciar-se o mais precocemente possível, o que permitirá que as crianças adquiram competências básicas, ao nível social e cognitivo, e reduzam os seus comportamentos estereotipados e disruptivos antes que estes se instalem. Contudo, é sempre útil adoptar esta metodologia, mesmo na idade adulta.

Esta intervenção intensiva permite que uma percentagem significativa dos alunos possa acompanhar os seus pares, com mais ou menos apoio, nas escolas regulares.

Em que consiste um programa ABA?

Um programa ABA consiste numa terapia intensiva que pode ir até 40 horas semanais, por um período de aproximadamente 2 anos, em contexto escolar e/ou doméstico.

Os terapeutas trabalham com a criança na proporção de um para um, durante cinco a oito horas por dia, cinco ou sete dias por semana.

Inicialmente é realizada uma avaliação cuidadosa e aprofundada para determinar as competências que o aluno possui e as que estão ausentes. Para cada aluno, as competências a ser aumentadas e os problemas a ser reduzidos são claramente definidos em termos observáveis e mensuráveis através de observação directa, com verificação independente por um segundo observador.

Princípios ABA Na Intervenção

Linguagem

As crianças com diagnóstico no espectro do autismo manifestam falta de competências adequadas de comunicação. Por tal facto, o primeiro objetivo desta escola é capacitá-las para que, de modo efectivo e apropriado, possam solicitar as suas necessidades e/ou vontades. Assim, são ensinadas a:

  • comentar o que as rodeia;

  • responder a questões sobre si próprias e o meio;

  • imitar a linguagem dos outros;

  • ler;

  • escrever;

  • aprender a classificar e a responder pelas suas próprias palavras.

Todos os alunos desta escola conseguem aprender a primeira alínea e alguns adquirem todas as competências enunciadas

PECS (Picture Exchange Communication System)

Talvez não seja exagero dizer que uma maioria destas crianças manifesta défices significativos na oralidade. Na ABC, a intervenção preferencial neste domínio assenta no PECS, através do qual se ensina a criança a comunicar através da troca de símbolos visuais que representam objectos ou situações do meio envolvente.

Deste modo constrói-se um reportório de comunicação funcional em que a criança pode pedir ou rejeitar algo, comentar o que a rodeia e até, porventura, interagir socialmente com os outros.

Quando a criança entrega o símbolo ao seu parceiro comunicativo, este modela com a vocalização apropriada, por ex.º se a criança entrega o símbolo de um brinquedo, o parceiro comunicativo mostra o símbolo à criança e oraliza a intenção manifestada: "Eu quero o brinquedo".

A experiência indica que a criança começa a adquirir vocalizações adequadas através deste procedimento, nomeadamente quando se introduz uma pausa antes da indicação do objecto pedido, por ex.º "Eu quero (pausa) o brinquedo".

A ABC tem uma estreita relação profissional com os autores do PECS - Andrew Bondy e Lori Frost - o que salvaguarda a qualidade do treino prestado, nomeadamente através de frequentes workshops destinados aos seus técnicos.

Generalização

As crianças com diagnóstico no espectro do autismo aprendem imensas coisas através do método "discrete trials" (unidades discretas) que se baseia no ensino individualizado, em que a criança e o técnico se sentam frente a frente a uma mesa. Contudo, verificam-se imensas dificuldades na adequação dessas aprendizagens a outros contextos.

A ABC desenvolveu um programa de ensino, baseado em 5 níveis sistematizados, que visa promover a generalização das competências adquiridas num contexto adaptado para o quotidiano das crianças.

Este programa denominado R.E.A.L. - Recreating Environments to Accelerate Learning - é iniciado imediatamente após a aquisição de cada competência e implica o distanciamento da mesa de trabalho, a recompensa de pedidos, a inclusão de distractores naturais presentes no meio, a solicitação da aplicação da competência em situações da rotina diária, inclusivé nas relações sociais que a criança estabelece com a comunidade envolvente, etc.

Na mente dos terapeutas este programa está sempre presente - desde a avaliação, passando pela intervenção e pela progressão nas lições.

Programação positiva

A ABC não utiliza a punição ou o castigo para reduzir os problemas de comportamento, em seu lugar utiliza uma técnica proveniente da análise comportamental chamada programação positiva, que pressupõe uma análise funcional do comportamento em causa. Por outras palavras significa que se analisam os antecedentes e consequentes do meio para verificar o que está a despoletar o comportamento ou o que a criança está a conseguir obter com ele.

Com frequência simples técnicas preventivas de extinção e/ou redireccionamento são suficientes para resolver a situação. Muitas vezes o comportamento problemático persiste porque é reforçado através da atenção que lhe é prestada ou da libertação das exigências efectuadas à criança.

Nestes casos, são ensinadas formas mais adequadas de atrair a atenção ou de lidar com as exigências efectuadas, utilizando reforço positivo. De modo geral, considera-se que os comportamentos problemáticos se devem a contigências ambientais e são estas que devem ser alteradas em vez de tentar eliminar os comportamentos com castigos.

Fontes: Plataforma online " Centro ABC Real" .

Visite aqui:http://www.centroabcreal.com/

Em Portugal existe um local que implementa esta terapia.

O centro ABC Real; este está manifestamente localizado na margem Sul e Lisboa e mas também intervém a NORTE junto de escolas ou até em domicílio.

Confesso que nunca articulei qualquer tipo de informação com a direção do mesmo; portanto este post é meramente informativo, fi-lo apenas a título de partilha pessoal, e não existe qualquer patrocínio ou publicidade inerente.

Já era do meu conhecimento que este Centro implementava o método ABA. Método que me preenche bastante, devo dizer! Tenho naturalmente curiosidade em compreender melhor a metodologia e os seus resultados; porque o ABA não está no plano de intervenção do nosso filho e quem sabe seja algo em que deva apostar! Esta informação serve acima de tudo para nos colocar a pensar, caso ainda não estejam familiarizados com o método , ou caso estejam, mas tal como eu, estejam a contemplar novas alternativas, aqui fica uma partilha que espero que vos sirva!

Partilhem os vossos pensamentos! Se alguém está a implementar atualmente a terapia, partilhe connosco!

Não esqueçam que 5a e 6a temos NUTRIÇÃO!

Abraços

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