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Vamos lá falar de Nutrição: Capítulo I "Toxinas - Metais Pesados e Stresse Oxidativo".

A nutrição adequada é fundamental para todos e não apenas para os que apresentam perturbações do desenvolvimento.

Uma alimentação cuidada deve ser o objetivo primordial de todos nós a fim de nos mantermos saudáveis e isentos de doença o maior nº de anos possível.

Todos nós desejamos numa abordagem primária e generalista travar o processo de envelhecimento ( ótica irrealista); ou retardá-lo ( ótica realista) através de um estilo de vida em que a qualidade de vida se impõem como premissa maior.

As toxinas ( metais pesados) e o stress oxidativo são os agentes mais nefastos a este nível.

Nos dias de hoje , é já tão casual ouvir falar de "intoxicação por metais pesados" ou "agressões provocadas por radicais livres". "Então", perguntam e bem, " no que é que isto se traduz em termos práticos e qual a relação com um perfil de autismo"?

Vamos por partes:

Os mecanismos de defesa antioxidantes inatos* , patentes no organismo humano, contra as agressões provocadas pelo excesso de radicais livres encontram-se diminutos( diminuídos) em indivíduos autistas; o que por sua vez agrava o dano oxidativo no tecido cerebral.*( vitamina E /C; glutationa;carotenoídes)

O excesso de mercúrio ( ou seja intoxicação por metais pesados)conduz à deficiência de zinco, por exemplo, que por sua vez aumenta o stresse oxidativo.

Os radicais livres são importantes; estes participam na geração de energia na cadeia de transporte de elétrons e em alguns tipos de células até eliminam bactérias invasoras; no entanto, quando estão em maior nº, passam a ser prejudiciais porque alteram as membranas celulares, aceleram o envelhecimento e enfraquecem o sistema imunitário.

São portanto responsáveis pelo "stresse* oxidativo" ( * A forma stress é um anglicismo e, se optar pela sua utilização, deve fazê-lo respeitando as regras que se aplicam aos estrangeirismos em geral, isto é, escrevendo em itálico No entanto, e dado o seu carácter marcadamente estrangeiro (o grupo consonântico inicial st- e a terminação em consoante final -ss são praticamente inexistentes em palavras portuguesas), surgiram aportuguesamentos espontâneos, mais conformes às regras da língua portuguesa: no português europeu, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências/Verbo, 2001) regista a forma stresse .)

O stresse oxidativo contribui para a inflamação e degeneração de neurónios, e por conseguinte o aparecimento de sintomas clássicos de PEA torna-se uma realidade.

Polimorfismos associados a genes responsáveis pela produção de enzimas antioxidantes ou mutações genéticas podem aumentar o stresse oxidativo e o risco de doenças neuro-degenerativas .

Existem testes que avaliam o polimorfismo.

Caso se verifique resultados positivos para alterações genéticas é imperativo que o cuidado na alimentação se imponha, recorrendo a um plano alimentar adequado , com suplementação de nutrientes que minimizem os riscos associados ao stresse oxidativo , também ocasionado pelas dificuldades de desintoxicação do próprio organismo ( fígado).

Associados a estes dois tópicos que hoje introduzimos no capítulo I da Nutrição, podemos encontrar quadros de Disbiose intestinal ( próximo post) ou de distúrbios de Metilação ( próximo post); carências vitamínicas do complexo B e de ácido fólico... entre outros.

O que importa Reter?

- a alimentação não substitui as outras terapias;( como é evidente!!) o que acontece é que se esta for planificada por um técnico nutricionista da área, e aplicada ao perfil adequadamente, a inflamação ( ou processos inflamatórios) será reduzida; isto fará com que o stress oxidativo também diminua e corrigirá a Disbiose intestinal; deixando a criança ou adulto isentos de dor e desconforto, totalmente recetivos aos estímulos exteriores. A alimentação potencia a qualidade de vida no espectro e fora dele!! Todos devem estar atentos e beneficiar desta informação!

Uma dieta de baixo índice glicémico , com aumento de fibras, redução de alimentos processados e refinados, acompanhada de suplementação de VIT D + Complexo B + Magnésio , aliada ao exercício físico ; trará equilíbrio ao perfil-atenção: a suplementação de todos os alimentos que possam não constar no dia a dia , caso haja seletividade ou hiperseletividade, não resolve! Temos de lutar contra a seletividade! Até porque suplementar em grande escala se tornaria caríssimo!

A dieta da família da criança ou adulto DEVE ser variada!Se existir disfunção sensorial associada, a terapia ocupacional deverá trabalhar a aceitação junto do indivíduo.

A dosagem deve ser sempre determinada pelo nutricionista; mas no que toca a estas coisas , a coerência impõe-se ok? Nem muito nem pouco!!

Por exemplo, sabemos que a carência de vitamina B12 e acido fólico contribui para o não desenvolvimento do tubo neural; e que a Toxicidade pré e pós parto também são objeto de estudo nesta matéria, e muitas correntes acreditam que há correlação.

A verdade é que os Metais pesados influenciam a saúde e o desenvolvimento cerebral!

Estudos comprovam que cada vez mais autistas apresentam em análises à urina e sangue, maiores níveis de metais pesados, como o chumbo ou até mercúrio.

No caso do Chumbo e do mercúrio,entres outros, que falaremos em próximo post, a nutrição servirá para controlar , desintoxicando e repondo a ordem!

Contra o Chumbo: Num exame sanguíneo devemos procurar índices de "ferritina", que compete com o Chumbo. Se esta estiver em baixo, então, devemos aumentar o consumo de FERRO; Devemos consumir cálcio, magnésio, manganês que reduzo chumbo também; proteínas , zinco e vitamina E , porque reduzem a toxicidade; ingerir enxofre ( alho e cebola) e gengibre porque recupera o organismo intoxicado; beber chá verde porque recupera a função hepática ( existem pessoa que não toleram termogénicos como chá verde e gengibre- ter atenção! ) ingerir probiótiocos e aumentar o consumo de açafrão.

Mas até chegar aqui devemos mesmo é visitar um nutricionista nesta área para traçar um plano personalizado ok?!

Aumentar a ingestão de Quercetina, contra o chumbo- cebola, tomate e rabanete.

Catequina: pessêgo, bagas, cacau

Anticianinas: Frutas/alimento roxos

Narengenina: Laranjas

Onizanol- arroz

enfim....e isto é apenas para o Chumbo...

A comida "é o nosso melhor remédio"; refere o professor Manuel Pinto Coelho ,no seu livro extraordinário "Chegar Novo a Velho", e muito bem! ( aconselho vivamente este maravilhoso testemunho!! Agradeço À Filipa Coelho pela valiosa partilha e oferta do mesmo! )

Créditos de imagem: Google

Compreendem agora o "porquê" da importância da alimentação o mais BIOLÓGICA,possível, certo? Isenta de toxicidade, na sua forma mais orgânica e natural!

Mas ainda há mais no que toca ao chumbo; por exemplo, a VIT D é importantíssima! Quanto menos a criança se expõe ao sol, mais chumbo é absorvido pelo seu organismo!

Não aquecer comida em recipientes plásticos no micro-ondas!!!! Sempre em vidro ou loiça refractária! É uma fonte tremenda de toxicidade...

Mas isto é apenas uma pequena parte deste universo!

Nos próximos dias continuaremos em estreita ligação aos tópicos de hoje e traremos para a "coversa" a Disbiose Intestinal e a Importância da Dieta ISENTA DE GLUTÉN, SOJA E LACTOSE-CASEÍNA.

Amanhã é dia de receitas saborosas e nutritivas!

A não perder Polpa de Tomate Caseira e BIO ; e maionese de abacate BIO !!

Créditos de imagem: Guide to a Blue Life

Fontes/referências Bibliográfica: Manual "Alimentação e Suplementação nos PEA", por Drª Ana Torres.

ADVERTÊNCIA:

A informação constante neste Blog é apenas isso mesmo.

Partilha acreditada e experimentada na 1º pessoa.

O que funciona connosco; poderá não ser totalmente adequado ao vosso perfil.

Não temos a pretensão de substituir o aconselhamento médico

ou profissional de saúde qualificado.

Todos os que procurem um plano alimentar específico, suplementação e afins deverão

consultar o seu médico ou profissional de saúde qualificado.

Todavia somos genericamente fidedignos na nossa partilha.

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